terça-feira, outubro 19, 2010

Falta de luz na madrugada

Caramba, hoje passei um aperto logo cedo. Minha irmã mais velha Ana Lucia, como ela gosta de se apresentar, estava com voo marcado para a cidade do Rio de Janeiro, às sete horas e 18 minutos.

Ontem à noite ela pediu que eu a deixasse no aeroporto às cinco horas da manhã. Eu olhei para ela e pensei comigo, acho que minha irmã pirou.

Antes de dormir, coloquei o rádio-relógio para despertar às cinco horas e 45 minutos. Acordei várias vezes durante à noite e lembro-me que a última vez que olhei para o rádio-relógio marcada duas horas.

Acordei no susto e verifiquei que o rádio-relógio estava piscando. Pensei...Caramba!!! Que horas são? Faltou luz??? Saí do quarto correndo e deparei com a minha irmã saindo do outro quarto, dizendo que ela havia acordado às 6 horas e quinze minutos.

Respirei fundo, troquei de roupa, escovei os dentes e comecei a apressá-la, dizendo que ela estava me atrasando, Ah!!!!

Quando entrei no carro o relógio marcava seis horas e 42 minutos. Rezei e pedi a Deus toda a proteção e que se fosse para ela viajar naquele voo que eu chegasse ao aeroporto em tempo hábil para o seu embarque.

Durante o percurso para o Aeroporto não conversei com ela, porque percebi o quanto estava tensa. Afinal, ela já deveria ter retornado para o Rio de Janeiro ontem, mas por um engano na emissão do bilhete, foi obrigada a trocar o voo para hoje.

Chegando ao aeroporto parei no embarque de passageiros e coloquei as malas no carrinho e pedi para ela correr para o chek-in. Eu despedi dela muito rapidamente para não atrasar. Estacionei o carro, voltei e pude notar que ela conseguiu embarcar. Ainda consegui dar um tchauzinho. Ela estava muito tensa e chorosa.

Mais uma vez ela veio a Brasília por motivo de doença. Nossa mãe, 85 anos, está internada na UTI do Hospital Santa Luzia, desde o dia 25 de setembro último.

Minha irmã chegou dia 2 de outubro e por quinze dias prestou toda a assistência possível a nossa mãe e por tabela a mim também.

Sei que retornou para casa com o coração apertado e cheia de preocupações pelo atual estado de saúde da nossa mãe, mas a família e o trabalho estavam a sua espera.

A fé e a misericórdia estão presentes em todos o momentos de nossas vidas, fazendo com que o otimismo prevaleça a cada momento e a cada dia em prol da recuperação da nossa mãe, salientando que tudo que acontece está nas mãos de Deus.