Caramba, hoje passei um aperto logo cedo. Minha irmã mais velha Ana Lucia, como ela gosta de se apresentar, estava com voo marcado para a cidade do Rio de Janeiro, às sete horas e 18 minutos.
Ontem à noite ela pediu que eu a deixasse no aeroporto às cinco horas da manhã. Eu olhei para ela e pensei comigo, acho que minha irmã pirou.
Antes de dormir, coloquei o rádio-relógio para despertar às cinco horas e 45 minutos. Acordei várias vezes durante à noite e lembro-me que a última vez que olhei para o rádio-relógio marcada duas horas.
Acordei no susto e verifiquei que o rádio-relógio estava piscando. Pensei...Caramba!!! Que horas são? Faltou luz??? Saí do quarto correndo e deparei com a minha irmã saindo do outro quarto, dizendo que ela havia acordado às 6 horas e quinze minutos.
Respirei fundo, troquei de roupa, escovei os dentes e comecei a apressá-la, dizendo que ela estava me atrasando, Ah!!!!
Quando entrei no carro o relógio marcava seis horas e 42 minutos. Rezei e pedi a Deus toda a proteção e que se fosse para ela viajar naquele voo que eu chegasse ao aeroporto em tempo hábil para o seu embarque.
Durante o percurso para o Aeroporto não conversei com ela, porque percebi o quanto estava tensa. Afinal, ela já deveria ter retornado para o Rio de Janeiro ontem, mas por um engano na emissão do bilhete, foi obrigada a trocar o voo para hoje.
Chegando ao aeroporto parei no embarque de passageiros e coloquei as malas no carrinho e pedi para ela correr para o chek-in. Eu despedi dela muito rapidamente para não atrasar. Estacionei o carro, voltei e pude notar que ela conseguiu embarcar. Ainda consegui dar um tchauzinho. Ela estava muito tensa e chorosa.
Mais uma vez ela veio a Brasília por motivo de doença. Nossa mãe, 85 anos, está internada na UTI do Hospital Santa Luzia, desde o dia 25 de setembro último.
Minha irmã chegou dia 2 de outubro e por quinze dias prestou toda a assistência possível a nossa mãe e por tabela a mim também.
Sei que retornou para casa com o coração apertado e cheia de preocupações pelo atual estado de saúde da nossa mãe, mas a família e o trabalho estavam a sua espera.
A fé e a misericórdia estão presentes em todos o momentos de nossas vidas, fazendo com que o otimismo prevaleça a cada momento e a cada dia em prol da recuperação da nossa mãe, salientando que tudo que acontece está nas mãos de Deus.