quarta-feira, janeiro 12, 2011

O hábito do cachimbo deixa a boca torta

Rita Helena

A rotina cria vícios em nosso comportamento. Há quinze anos, eu faço o mesmo percurso para o meu trabalho.

Há alguns dias estou trabalhando em outro endereço, no Setor de Autarquias Sul. Preciso chegar até às 7 horas e trinta minutos para conseguir uma vaga.

Gostaria muito que os empresários da construção civil de Brasília, investissem em construções de edifícios-garagens.

Essa iniciativa traria mais conforto para a população e os condutores de veículos mal-educados não estacionariam seus carros atrás dos que perdem um tempão para conseguir uma vaga.

Em uma das minhas férias, na minha querida cidade do Rio de Janeiro, tive a oportunidade de estacionar o meu carro, em Copacabana, em um edifício-garagem em que os carros eram colocados em trilhos, em um elevador, e conduzidos a uma vaga, em um determinado andar. Super prático e eficaz.

Como a minha rotina mudou recentemente, tenho brigado diariamente com o meu relógio digital. O alarme toca às 6 horas da madrugada. Eu, sonolenta, aperto o botão do alarme e viro para o outro lado. O alarme toca mais umas três vezes até que eu me convença de que eu preciso levantar. O Tico e o Teco mandam um recado para mim: Helo!!! Acorda!!! A rotina mudou.

Hoje, entrei no carro, liguei o rádio para ouvir as notícias, como de costume, e de repente percebi que estava chegando no endereço antigo do meu trabalho.

Quando percebi o erro, procurei um retorno e me dirigi ao novo endereço do meu trabalho.

Realmente, o hábito do cachimbo deixa a boca torta.