segunda-feira, novembro 08, 2010

Mão-de-obra qualificada? Onde?

Eu e várias pessoas do meu convívio pessoal estamos insatisfeitas com a falta de mão-de-obra qualificada e responsável referente aos serviços mais básicos até os mais complexos.

Referindo-me ao serviço mais básico, como por exemplo, o de empregada doméstica tenho muitas observações a fazer.

As empregadas domésticas têm somente a preocupação de saber quanto vão ganhar, antes mesmo de saber quais tarefas vão desempenhar. Sabem na ponta da língua as obrigações que competem aos patrões, mas quanto aos seus deveres, nem sempre.

O fato é que as empregadas domésticas necessitam de treinamento. Precisam saber falar ao telefone, anotar os recados, falar baixo, cumprir horários, saber cozinhar, arrumar casa, passar roupa, não quebrar objetos.

Quanto aos serviços de pedreiro, pintura, encanador, marceneiro, arquitetura, engenheiria não mudam muito, não. É muito difícil encontrar mão-de-obra qualificada e compromissada com os prazos de entrega.

Eu e meu marido decidimos fazer uma reforma em casa e resolvemos seguir "uma cartilha" para que tudo transcorresse certinho.

A experiência está sendo péssima. Primeiro contratamos arquitetos. Foi um parto difícil, mas após quase um ano finalizamos o projeto. Não o proposto por eles, mas sim, as propostas sugeridas por nós.

A seguir, contratamos um projetista com o propósito de apresentar uma planta da situação atual da casa e outra com as alterações baseadas no projeto. Estamos esperando, esperando. Haja paciência!!!

Enquanto esperamos, decidimos iniciar a obra pelo telhado. Contratamos uma empresa especializada em reformas residenciais e confecção de telhados.

A obra do telhado começou em meados de agosto e ainda não terminou. Precisa de alguns reparos.

O engenheiro responsável não fiscalizava a obra como deveria e, sem fiscalização e orientação os pedreiros e telhadistas cometeram alguns erros.

Não bastando, contratamos uma empresa para colocar um telhado de policabornato no jardim de inverno. Eles não conseguiram executar o serviço no prazo combinado e fomos surpreendidos em dois finais de semana com uma cachoeira dentro de casa.

Tivemos que colocar todos os baldes existentes da casa para aparar a chuva que caía no jardim de inverno.

Eu registrei esses momentos fatídicos em que meu marido durante a madrugada retirava água dos baldes para recolocá-los no mesmo lugar.

Quando é que essas pessoas vão perceber que cumprir um contrato de prestação de serviço é uma obrigação? Que o trabalho bem executado gera um cliente satisfeito e uma excelente fonte de divulgação?

Agora, todo cuidado é pouco, porque o mesmo cliente que divulga um bom serviço, pode ser o mesmo a chafurdá-lo na lama.





2 comentários:

  1. Rita Helena, solidariedade é a palavra da hora, tanto pela chuva de copinho dentro de casa quanto pelo que enfrentas com o povo que não está qualificado para as funções que exerce. Barbaridade! Deve ser por essas que todo mundo diz que reformar dá mais trabalho do que construir, que também não é moleza. Mas um dia acaba, felizmente.

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  2. Ah mãe... só tenho uma coisa a dizer:

    Deus, dá-me a serenidade pra aceitar as coisas que não posso mudar!

    Diálogo é a melhor coisa, tenho aprendido. Inclusive, que quando alguém é responsável por algo que é meu, a melhor frase é:
    Tome conta disso como EU tomaria! (Não como se fosse seu - porque muita gente não tá nem aí nem pras coisas delas mesmas!)

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